E quem disse que a flor não pode florescer no asfalto?
Quem foi que te falou que não sou capaz de sentir?
E perceber o que esta por vir.
Tenho que escutar julgamentos e limitações de hora em hora.
Vivo, sobrevivo, dessas surpresas já vividas.
domingo, setembro 25, 2011
quinta-feira, setembro 22, 2011
Embaralhar você
Com a sensação de ter
acordado em outro plano.
Que de fato, ta tudo
mais interessante que o normal.
Entre fugir e ficar
decidi curtir o momento.
Só é estranho que não
muda nada, as mesmas pessoas e lugares.
Eu é que estou
desconectada.
Sinto-me um baralho,
quatro naipes, duas cores.
Por hora sou Rei,
viro Rainha e do nada me torno coringa.
E quando estou quase
me acostumando com a condição do ser.
Vem alguém e me
embaralha.
Cortam-me e vão me
distribuindo, vários pedaços nas mãos desconhecidas.
Alguns sorriem,
outros me olham decepcionados e em seguida, sou descartada.
Por sorte, ou não,
alguém me vê útil e me compra.
Surpreendida com um
grito e gargalhadas.
Penso, será que nesse
meu jogo, todos podem ganhar?
quarta-feira, setembro 21, 2011
Singular
Caminhando
sozinho aquela noite, o verde ao redor e a
lua, me encarando.
A
sensação de estar sendo observado, os carros, o cachorro, as estrelas.
Até
que me perdi em meus pensamentos, junto com toda singularidade do momento, o
caminho e todos os olhares, perderam a importância.
A
angustia que é olhar pra si, aquela autocrítica que nos cega.
O
que tem que ser dito, feito, falado, pra que sofrer antecipado?
É
como se fosse um fantoche de si mesmo.
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